HAMLET E OS JOGOS DE CENA
DOI:
https://doi.org/10.63052/revistaolhares.v1i13.110Palavras-chave:
campo expandido, dramaturgia, teatro, contemporâneo, arte.Resumo
A proposta desse texto é pensar processos de montagens e remontagem de obras a exemplo de Hamlet de Shakespeare, analisando-se os espaços de bordas que reverberam experiências do fora. Pretende-se, portanto, pensar como os elementos pré-dramáticos e extra dramáticos, circunscritos nos espaços latentes nas montagens dessa obra, em suas ausências ou deslocamentos fraturam a ideia da representação. Pensar o conceito de criação a partir do olhar para os elementos do fora da cena, portanto, pressupõe analisar como remontagens potencializam alargamentos de sentidos, observando-se elementos, antes concebidos como ensaios, coxias, preparações, ruídos, pré-textos, ou mesmo pós-textos, na cena contemporânea, incorporam-se ao ato cênico, desmontando a ideia de representação. Aborda-se também, nesse sentido, o campo do ensino das artes cênicas a partir do tensionamento de questões como linguagem, temporalidade, espacialidade, gêneros, textualidade, tendo como ponto nodal a noção do campo expandido.
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